Projeto : Campo Novo
Data : Abril/2011
Parcerias: FTPD | EMBRAPA | EPAMIG | EMATER entre outros.
Inovação social transformando o campo
“Sustentabilidade do pequeno produtor de leite do município de Uberaba através da socialização da genética bovina”
INTRODUÇÃO
Uberaba é uma cidade, localizada no Estado de Minas Geais, e possui uma importante economia para o estado e para o Triângulo Mineiro, estando inserida numa região de vegetação de cerrado e clima quente. Está localizada numa posição geográfica privilegiada, pois, integra um dos eixos econômicos mais importantes do país. Está eqüidistante de São Paulo, Belo Horizonte, Goiânia e Brasília por cerca de 500 km, o que significa que um expressivo número de veículos transitando por nossas BRs diariamente.
Possui uma população de 292 mil habitantes, segundo o censo de 2002. Desde suas origens a economia de Uberaba esteve associada à sua aptidão pecuária e agrícola e se consolidou nessa vocação até os dias atuais. É considerada a 1ª produtora de grãos de soja do estado e 4ª em produção de milho. Para isso, possui importantes empresas de pesquisa genética de grãos como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agronômica – EMBRAPA e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – Epamig. Tem o 1º maior PIB da Agropecuária no Estado de Minas Gerais e 5º maior PIB da Agropecuária no Brasil. Uberaba polariza uma região produtora de 4 milhões de toneladas de grãos e é o 2º maior produtor de cana de Minas Gerais.
Sua população urbana é de 94% e a rural, 6%, sendo número de propriedades rurais do Município (2007) igual a 2.857 e o número de produtores rurais do Município (2007) de 2.803. E a classificação das propriedades rurais, conforme o quadro abaixo:
Possui uma expressiva produção agropecuária conforme dados abaixo:
Conhecida como a Capital Mundial do Zebu deve à zebuíno cultura duas etapas marcantes de seu desenvolvimento no fim do século XIX e meados do século XX. Atualmente mais de 80% do rebanho nacional tem presença de sangue zebuíno e o sêmen de bovinos zebu, representa ¾ da produção nacional. A produção de embriões bovinos faz de Uberaba o maior centro de produção deste setor de biotecnologia no País. Merece destaque ter sido aqui formado o gado girolando, a primeira raça leiteira brasileira e que marca presença em todo o território nacional.
A primeira visita à Índia para a aquisição de exemplares do Gado Zebu em 1890
Fonte: Machado – 2009
Simultaneamente aos investimentos que os pecuaristas locais faziam na aquisição de novos rebanhos, inaugurou-se em Uberaba, no dia 20 de maio de 1906, a primeira exposição de gado zebu, organizada por particulares (José Caetano Borges e Joaquim Machado Borges) e realizada na Fazenda Caçu, quando foram expostos 1.146 exemplares bovinos (MENDONÇA, 1974).
Realização da 1ª Exposição de gado Zebu, 1911
Fonte: Livro de História da ABCZ. Museu do Zebu – Uberaba
Uberaba é sede da maior feira de pecuária, tecnologia e genética zebuína do mundo, a Expozebu, promovida pela ABCZ – Associação Brasileira de Criadores de Zebu desde 1934, no Parque Fernando Costa, que 2009, recebeu um público de 355.279 mil pessoas e 450 estrangeiros de 27 países. Foram realizados 48 leilões de gados das seguintes raças: nelore, nelore mocha, gir, tabapuã, guzerá, brahman, indubrasil e sindi.
Consolida-se cada vez mais como o principal centro mundial de negócios de biotecnologia público e privado, nas áreas de melhoramento genético, de alimentos em geral, zebuínos e de ovinocultura. O Município reúne as principais centrais de inseminação do país e os resultados mostram o crescente interesse e investimentos em melhoramento genético em todos os setores.
Essa característica produtiva marcada, fortemente, pela pecuária proporcionou que importantes redes de pesquisa genética de gado se instalassem na cidade, como por exemplo, as centrais de sêmen, Alta Genetics, Nova índia ,ABS Pecplan e os laboratórios de reprodução animal como a Geneal, Ovinogen, Vitrogen, Biovitro, e Cenntte Biotech colocando Uberaba como pólo de excelência em genética bovina.
Tais características demonstram a capacidade produtiva do município, colocando-o em posição de destaque, ocupando o 5º lugar nacional na produção agropecuária. Não podemos deixar ainda de citar a expressiva produção de leite retirado do rebanho de gado uberabense. Segundo pesquisadores da Embrapa a cadeia produtiva do leite é uma das mais importantes do complexo agroindustrial brasileiro. Movimenta anualmente cerca de US$10 bilhões, emprega 3 milhões de pessoas, das quais acima de 1 milhão são produtores, e produz aproximadamente 20 bilhões de litros de leite por ano, provenientes de um dos maiores rebanhos do mundo, com grande potencial para abastecer o mercado interno e exportar.
Entre 1990 e 2000, a produção nacional de leite cresceu 37%, enquanto na Região Centro-Oeste o crescimento foi de 81% e, no Estado de Goiás, 105%. A Região Centro-Oeste abriga 35% do rebanho bovino nacional, com uma das principais concentrações de indústrias de laticínios do País. Sabe-se que o leite está entre os seis produtos mais importantes da agropecuária brasileira, ficando à frente de produtos tradicionais como café beneficiado e arroz. O Agronegócio do Leite e seus derivados desempenham um papel relevante no suprimento de alimentos e na geração de emprego e renda para a população.
A despeito de todo o potencial produtivo e dos esforços e avanços já obtidos, O DIAGNÓSTICO DA PECUÁRIA LEITEIRA NO ESTADO DE MINAS GERAIS de 2006 realizado pelo SEBRAE/FAEMG/OCENG/SENAR nos mostra que o pequeno produtor de leite do estado de Minas Gerais está fora deste contexto e que sua situação é de extrema gravidade quanto à sua permanência no campo. Eis adiante algumas citações do referido diagnóstico que sustentam as afirmações acima citadas:
Aumento total da produção de leite não tem a participação do pequeno
“Este diagnóstico confirma as previsões do realizado em 1995, onde os resultados obtidos projetavam ampliação da diferença entre os produtores de menores produções e os de maiores, em termos de produtividade e rentabilidade”
“Nos últimos 10 anos, os produtores até 50 litros de leite/dia reduziram suas participações tanto no número de produtores quanto na produção; entretanto, os de mais de 1.000 litros de leite/dia aumentaram suas participações no número de produtores e na produção. Em conseqüência dessas mudanças, a produção média aumentou 92%”.
Grupo com elevado risco de extinção
“Verificou-se aumento na idade média dos entrevistados, que passou de 50 anos, em 1995,para 52, em 2005, o que indica menor substituição do produtor por pessoas mais jovens…”.
“Há maiores números de filhos e filhas que trabalham na cidade do que na atividade leiteira, o que explica o envelhecimento do produtor de leite”.
“São pequenas as participações da esposa e dos filhos em treinamentos sobre produção de leite, resultados que dificultam a substituição do produtor por alguém de sua família”.
Dificuldade de acesso à tecnologia e capacitação técnica
“O produtor entrevistado é pouco cosmopolita, visto que 73% é de origem do próprio município, o que ajuda a explicar a sua cautela em promover mudanças”.
“Embora os produtores tivessem avaliado, favoravelmente, a qualidade do treinamento, a maioria respondeu que este não contribui para mudanças na produção de leite. Esses resultados recomendam avaliações mais profundas sobre o conteúdo do treinamento”.
“As respostas mais freqüentes sobre o que pretendem com a produção de leite são: melhorar a tecnologia e aumentar a produção”.
Inviabilidade financeira da atividade leiteira do pequeno produtor de leite
“Ao utilizar os indicadores clássicos de análise financeira, a conclusão é de inviabilidade dos entrevistados até 50 litros/dia. Todavia, esta conclusão não é recente, e o produtor até 50 litros de leite/dia continua na atividade. No entendimento desta contradição, deve-se considerar: a) O custo operacional efetivo/litro do produtor até 50 litros de leite/dia é o menor entre todos os estratos; b) Predomina mão de – obra familiar, que é remunerada com baixo custo de oportunidade; c) O pouco que sobra para o produtor até 50 litros de leite/dia destina-se apenas à reprodução de sua família, visto que ele não se preocupa com os custos indiretos e com a taxa de lucro; d) A margem bruta funciona como um salário mensal; todavia, a perpetuação desta situação leva ao empobrecimento do produtor até 50 litros”.
“As respostas mais freqüentes sobre as razões de os entrevistados produzirem leite são: tem renda mensal; não sabem fazer outra coisa.
OBJETIVO GERAL
Promover a sustentabilidade do pequeno produtor de leite do município de Uberaba e vale do Rio Grande através da socialização de uma das técnicas de reprodução animal FIV ”Fertilização in Vitro“, utilizando-a como instrumento de alavancagem técnica, social e econômica, respaldada por um pacote tecnológico tutorado a ser implantado pelo projeto proposto.
Objetivos Específicos:
Difundir tecnologia e inovação para mini, pequenos e médios produtores de leite
- Acelerar o processo de sustentabilidade do negócio do pequeno produtor de leite estimulando-o a permanecer no campo;
- Incluir socialmente o pequeno produtor de leite e sua família resgatando-lhes a dignidade e o Status;
- Promover a quebra de resistência aos novos modelos tecnológicos, como técnicas de reprodução, manejo e gestão, através de participações nos processos de desenvolvimento disponíveis como em feiras, exposições, cursos e visitas as propriedades que já passaram, ou estão passando por processos de mudanças semelhantes;
- Resgatar o comprometimento e envolvimento dos familiares dos produtores com as atividades rurais, motivando-os, através da participação nas atividades do projeto, a assumirem um novo modelo de negócio.
- Criar grupo de pequenos produtores para tornarem referência (Benchmarking) para os demais.
- Criar uma metodologia para facilitar a multiplicação e disseminação deste projeto para os demais produtores mineiros. Estamos falando de um potencial de 280.000 pequenos produtores em Minas que tem na exploração de leite sua atividade principal.
JUSTIFICATIVA
O presente projeto se propõe a criar um projeto Piloto* que terá como alvo os pequenos produtores de leite cooperados da COPERVALE e que produzem até 150 litros de leite por dia em suas propriedades.
O projeto visa impactar em curto prazo a qualidade de vida de cada família participante do projeto, através do aumento da renda e de sua inserção nos processos de desenvolvimento tecnológico e econômicos disponíveis e dar oportunidade de participarem de grupos sociais e culturais de que hoje estão excluídos, resgatando-lhe o status e a dignidade.
A concretização deste projeto não somente confirmará a região de Uberaba como um pólo de referência biotecnológica em genética animal, mas também de produção e comercialização de animais de alto valor agregado beneficiando toda cadeia produtiva do leite.
Sendo nossa região o maior pólo de biotecnologia em reprodução e de negócios em genética animal do Brasil, não é aceitável, o paradoxo de que apenas um pequeno grupo de produtores rurais usufrui dos grandes benefícios advindos do uso da tecnologia em planteis de elite, enquanto os pequenos produtores de leite, ainda praticam uma atividade de subsistência,orientados apenas pelo empirismo e senso comum, resultando em produtos de baixo valor agregado, baixa produção e rentabilidade.
Estes pequenos produtores não possuem identidade e status social, estão alienados quanto ao conhecimento e excluídos do processo de utilização das modernas técnicas e avanços tecnológicos e com renda insuficiente para manterem a sustentabilidade de seu negócio em médio prazo sendo por isso, considerados de risco quanto ao êxodo rural.
É consenso entre os órgãos de fomento e de entidades governamentais e privados que uma das melhores alternativas para que se alcance resultados mais efetivos dentro de um setor é organizá-lo na forma de APL – Arranjo Produtivo Local.
Compactuando com esse mesmo raciocínio, a Fundação Triângulo de Pesquisa e Desenvolvimento através da experiência do APL de Biotecnologia do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, propõe a execução de um “Projeto Piloto” em parceria com a Cooperativa dos Produtores de Leite do Vale do Rio Grande (COPERVALE) e com todas as lideranças do setor conforme Relação de Parceria em Anexo, no sentido de socializar o uso das tecnologias de reprodução animal, em especial a FIV “Fertilização In Vitro” como instrumento de estruturação da cadeia de genética animal e de alavancagem do processo de sustentabilidade dos pequenos produtores de leite de Uberaba e região.
A implantação do projeto em parceria com a COPERVALE, com enfoque na utilização da tecnologia de FIV como instrumento impulsionador de sustentabilidade justifica-se pela:
– Existência da cadeia estruturada em reprodução animal, característica única da nossa região, propiciando facilidade para sua utilização;
– Geração de produtos de alto valor agregado (bezerras ½ sangue Girolando), com grande impacto em curto prazo nos resultados econômicos do pequeno produtor, pois os animais gerados independem das características do plantel existente, acelerando o processo de sustentabilidade e estimulando-o a permanecer no campo;
– Disponibilização de tecnologia de ponta de forma a socializar a genética de alto valor, distribuindo assim, a riqueza gerada nesta região;
– Existência de massa crítica (cooperados) como potenciais participantes do projeto;
– Realização imediata das atividades de FIV para os cooperados utilizando a estrutura já existente da fazenda da COPERVALE;
– Existência de uma estrutura para assessorar na comercialização dos produtos gerados pela tecnologia;
– Aceleração do processo de melhoramento das condições de manejo, sanidade e alimentação nas propriedades dos participantes do projeto.
O projeto Piloto pretende trabalhar com 60 famílias de produtores de leite (10% dos cooperados da COPERVALE considerados pequenos).Este número não foi aleatório, mas definido após muitas reuniões com técnicos e parceiros considerando os seguintes aspectos:
– Massa crítica:
Após examinar a lista com nomes de 600 produtores considerados pequenos, foram listados apenas 65, que de acordo com os técnicos da copervale, tem perfil para se enquadrarem no diagnóstico a ser realizado e com maiores possibilidades de aderirem inicialmente ao projeto.
– Sensibilização:
O projeto visa inserir os pequenos produtores dentro de uma cadeia de alta tecnologia e isto requer necessariamente um trabalho árduo com reuniões de sensibilização das famílias de diversas comunidades, pois estamos falando mudanças culturais e quebras de paradigmas.
– Transporte:
Por se tratar de famílias de produtores localizadas em comunidades diferentes e distantes umas das outras, somente com este número o transporte para acompanhamento técnico e para levar os produtores nos eventos de campo já compromete toda a estrutura existente dos parceiros.
Técnica: Para dar suporte técnico a esses produtores contamos neste momento apenas com o pessoal técnico da Copervale e apoio do corpo técnico e alunos da FAZU.
METODOLOGIA E ESTRATÉGIAS DE IMPLANTAÇÃO
AÇÕES PRELIMINARES
-Lançamento do programa
Realizar reunião com o propósito de divulgar para toda sociedade, a importância da difusão e socialização de tecnologias para obtenção de ganhos sociais e da importância de se ter parcerias comprometidas para realização de projetos de inovação social.
-Mobilização
Utilizar toda a estrutura de campo dos parceiros (corpo técnico, caminhões coletores, Jornal, cartazes,panfletos,rádio etc.) para disseminar informações prévias sobre o projeto e fazer convocações para os encontros de sensibilização.
-Sensibilização/Conscientização
Endo marketing
Realizar reuniões de apresentação do projeto para pessoas chaves das entidades parceiras como Copervale, Emater e Prefeitura Municipal visando sensibiliza los quanto à importância do projeto e de gerar comprometimento quando a divulgação do projeto para o público alvo.
Sensibilização dos produtores
Realizar reuniões em 08 comunidades direcionadas às famílias, objetivando a sua sensibilização quanto à adesão ao projeto com conteúdos que deverão abordar os seguintes aspectos:
-Apresentar a tecnologia FIV utilizando recursos áudio visuais;
-As vantagens de utilização da tecnologia;
-A oportunidade ímpar de adquirir uma tecnologia que ainda é privilégio de poucos;
-Obtenção em curto prazo de animais de alto valor genético(Bezerras ½ sangue Girolando), aumentando assim a renda, seja através da utilização ou venda dos mesmos;
-Apoio estrutural, técnico (todo processo para realização da FIV, acompanhamento técnico na propriedade) e comercial (venda de produtos da FIV) pela COPERVALE.
-Apoio das instituições financeiras e de fomento para obtenções de financiamentos ou assessoria para levantamento e apuração de recursos próprios.
-Apoio de instituições de pesquisa e ensino nas atividades de saúde
-Espera-se que ao final de cada reunião, as famílias (a família é o alvo) sejam sensibilizadas e motivadas a participarem do projeto e assinem o “Termo de intenção de adesão ao projeto”.
-Diagnóstico
Após assinatura do “Termo de intenção de adesão ao projeto”, técnicos da COPERVALE e profissionais da UNIUBE – Universidade de Uberaba das áreas de psicologia e ação social farão visitas aos produtores que assinaram o termo, para realizarem diagnósticos visando traçar o perfil das condições existentes para avaliarem a capacidade de cada família ingressar no projeto.
Essa avaliação não deverá levar em conta apenas as instalações físicas atuais e da capacitação técnica dos proprietários, mas, sobretudo, na disposição e comprometimento dos mesmos em realizarem as mudanças propostas pelo projeto.
Obs.: Este ponto é fundamental para o sucesso do projeto, uma vez que as condições mínimas para implantação e o comprometimento dos participantes é que proporcionarão os resultados esperados.
-Adesão ao projeto
Formalização de adesão
Após o diagnóstico e será realizada reunião de “Formalização de Adesão”, momento em que cada participante assinará o “Contrato de Adesão” e receberá um KIT que o identificará como membro do projeto.
-Aquisição da tecnologia
O acesso à tecnologia passa pela aquisição dos serviços de laboratórios para realização da Fertilização in Vitro (FIV), receptoras (barrigas de aluguel) e aquisição da genética. Para viabilizar a aquisição do maior número de embriões para cada cooperado, várias ações serão tomadas:
– Redução dos custos de produção dos embriões
– Os serviços de interação entre campo e laboratório serão realizados pela COPERVALE;
– Participação das instituições e empresas parceiras subsidiando os produtos e serviços a serem utilizados no processo de produção de embriões como hormônios, Serviços laboratoriais, Serviços de registro dos animais e Genética(Semêm sexado e oócitos )
-Facilitar a obtenção de recursos
-Os recursos necessários para aquisição dos serviços e de receptoras poderão ter origem em:
-Recursos próprios advindos de vendas de animais de descarte com assessoria dos técnicos da COPERVALE;
-Financiamentos específicos do PRONAF junto ao Banco do Brasil;
-Financiamento da COPERVALE onde os valores poderão ser divididos sem juros.
AÇÕES DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO
-Implantação do Programa 5S Rural
Realizar a implantação de um “Programa 5S Rural” com objetivo de quebrar paradigmas para “REVOLUCIONAR O ÓBVIO”, preparando assim, a propriedade nos requisitos mínimos para receber a nova tecnologia.
Para implantação do Senso de Utilização (Descarte) e Senso de Saúde a cooperação dos parceiros será de extrema importância na realização das atividades pertinentes às etapas citadas.
No Senso de Utilização serão disponibilizados pela prefeitura caminhões para retirada dos materiais inservíveis das propriedades, deixando o lugar adequado para início de novas realizações.
Quanto da implantação do Senso de Saúde deverá ser feita uma intervenção na família com ações de ajuda médica, odontológica e psicológica através de parceria com a Universidade de Uberaba, preparando a família para dar continuidade às ações que se seguirão.
-Melhoria de pastagens:
Em parceria com a PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERABA, cada produtor pertencente ao projeto receberá gratuitamente preparo do solo para uma área de até 8,0 ha e projeto para implementação do pastejo rotacionado.Com apoio da EMATER-MG a orientação técnica para formação de pastagem e para os que necessitarem de financiamento,apoio para elaboração de projetos técnicos / econômicos para as linhas de crédito rural e atendimento na emissão de DAP – Declaração de Aptidão ao PRONAF para os que se enquadrarem junto as normas do mesmo.
-Capacitação técnica e gerencial
Durante o período de gestação dos animais, o SENAR – instituição parceira do projeto, através de seus técnicos, realizará reuniões de capacitação dos produtores participantes do projeto nas seguintes áreas:
-Capacitação Técnica
-Curso de Vaqueiro;
-Curso Alimentação para bovinos;
-Preparação para exposição;
-Assistência técnica
Os produtores receberão assistência orientada por meio de visitas periódicas de equipes técnicas compostas por veterinários e técnicos da COPERVALE professores e alunos do curso de Zootecnia da FAZU, quanto a manejo, sanidade e alimentação. Serão formadas cinco equipes com visitas periódicas a cada dois meses. As assistências técnicas específicas e urgentes demandadas continuarão sendo atendidas pelos profissionais da Copervale.
Acompanhamento do projeto
Este projeto piloto deverá servir de Benchmarking para os demais, para tanto, deverá ser realizado levantamento prévio dos dados e situação atual de cada propriedade bem como seu monitoramento.
-Levantamento prévio de dados
Os Professores do curso de Zootecnia da FAZÚ – instituição de ensino parceira, serão os responsáveis pela elaboração e coordenação de cinco grupo formados por alunos que realizarão os levantamentos iniciais de cada propriedade.
-Monitoramento dos dados
Será realizado acompanhamento dos dados intermediários, medição dos dados finais e processamento das informações para avaliação dos resultados.
Comercialização de produtos
A COPERVALE dará todo o suporte para comercialização dos produtos, oferecendo sua estrutura já existente preparando os animais para participação em feiras, exposições e leilões que já realiza.
Durante o projeto serão disponibilizadas a custos subsidiados 240 prenhezes de bezerras 1/2 ou 3/4 sangue Girolando e cada produtor participante terá o direito de adquirir 04(quatro) prenhezes em média, sendo que parte de sua produção (25%, no mínimo), será reservada para ser comercializada pela COPERVALE, sendo que estes recursos serão revertidos ao produtor em forma de “CRÉDITO EM PRENHEZ” visando a retroalimentação do processo. Uma outra parte(25%) poderá ser vendida para levantamento de capital e a parte restante (50%) deverá ser reservada para compor seu rebanho visando o aumento da produção de leite.
Esta estratégia visa alguns resultados que são importantíssimos para o sucesso do programa.
Primeiro: Garantir a permanência do produtor no projeto através da retroalimentação financeira do processo;
Segundo: Auferir resultados financeiros impactantes a curto prazo com a venda de produtos de alto valor agregado;
Terceiro: O acompanhamento da venda destes produtos em leilões, feiras e exposições, possibilitará a estes, contatos com novas tecnologias e relacionamentos, tornando-os mais cosmopolitas, reduzindo assim as resistências às mudanças
ESTRATEGIA DE INOVAÇÃO
A utilização da tecnologia FIV “Fertilização in Vitro”, como instrumento de alavancagem social, técnica e econômica visa acelerar o desenvolvimento dos pequenos produtores de leite cuja situação atual é de alto risco de êxodo rural e de extinção da atividade.
Além de promover a permanência e melhoria da qualidade de vida das famílias no campo trazendo grandes benefícios sociais, o desenvolvimento desse segmento irá potencializar grandemente o mercado da cadeia de reprodução animal como laboratórios, centrais de inseminação, indústrias de equipamentos, prestadores de serviços e de todos os atores que compõem o setor de saúde animal, pois estima se um setor com aproximadamente 280.000 pequenos produtores de leite no Estado de Minas Gerais o maior produtor de leite do Brasil.
A utilização da tecnologia FIV “Fertilização in Vitro”, como instrumento de alavancagem social, técnica e econômica visa acelerar o desenvolvimento dos pequenos produtores de leite cuja situação atual é de alto risco de êxodo rural e de extinção da atividade.
Além de promover a permanência e melhoria da qualidade de vida das famílias no campo trazendo grandes benefícios sociais, o desenvolvimento desse segmento irá potencializar grandemente o mercado da cadeia de reprodução animal como laboratórios, centrais de inseminação, indústrias de equipamentos, prestadores de serviços e de todos os atores que compõem o setor de saúde animal, pois estima se um setor com aproximadamente 280.000 pequenos produtores de leite no Estado de Minas Gerais o maior produtor de leite do Brasil.